Como evitar retrabalho no ciclo de desenvolvimento de software

Mariana é founder de uma startup promissora e teve uma grande ideia de produto digital. Com recursos limitados e pressa para lançar seu MVP (Minimum Viable Product), decidiu contratar a opção mais barata para finalizar um ciclo de desenvolvimento de software.

Inicialmente, ficou aliviada por economizar e empolgada com o avanço rápido do projeto. Mas, conforme o desenvolvimento seguia, os problemas começaram.

O produto entregue não atendia às necessidades da startup: faltavam funcionalidades, a experiência do usuário era ruim e bugs impediam o uso. Enfim, a equipe barata não tinha experiência para entender o negócio nem aplicar boas práticas.

No fim, Mariana precisou descartar o software inacabado e recomeçar o projeto do zero com outra equipe.

Essa história fictícia ilustra um problema real: os ciclos viciosos de retrabalho no desenvolvimento de software. Ou seja, quando etapas ou funcionalidades já concluídas precisam ser refeitas, geralmente porque não ficaram boas ou corretas na primeira vez.

E, de fato, estudos indicam que 30% a 50% do esforço em projetos de software é gasto em retrabalho. Mas como evitar essa armadilha? A seguir, veja os sinais de alerta, as consequências desse ciclo e, o principal: como escolher uma boa fábrica de software para fazer certo desde o início.

Sinais de que você poderá passar por retrabalho no projeto de software

Nem sempre o retrabalho fica evidente logo de cara. Porém, alguns indícios no decorrer do projeto podem servir de alerta de que problemas e refações estão por vir.

Falta de treinamentos adequados

Se a equipe de desenvolvimento não possui treinamento adequado ou experiência suficiente, as chances de erros e implementações mal feitas aumentam.

Desenvolvedores pouco capacitados podem ignorar boas práticas de codificação ou deixar passar requisitos importantes por falta de conhecimento. Por exemplo, um programador sem treinamento em determinada tecnologia pode entregar uma solução “mais ou menos”, que depois precisa ser retrabalhada por alguém que realmente entenda do assunto.

Quando o fornecedor de software não investe em capacitação da equipe, a empresa possivelmente acabará pagando o preço em retrabalho mais adiante.

Recursos limitados, que não atendem as necessidades

Um projeto realizado com recursos aquém do necessário também tende a gerar retrabalho, com equipes muito enxutas para a demanda, falta de profissionais especializados ou até infraestrutura inadequada (como computadores lentos e ferramentas defasadas).

Dessa forma, erros passam despercebidos e etapas fundamentais (como testes) são apressadas ou puladas, levando a problemas no produto final.

Tentar dar conta de tudo com o mínimo possível – seja por causa do orçamento ou por subestimar a complexidade do projeto – leva a um software cheio de falhas, exigindo várias correções depois.

Processos ineficientes

Erros de comunicação e falta de um processo claro resultam em partes do projeto que simplesmente não se encaixam. No desenvolvimento de software, a ausência de um processo bem definido (por exemplo, metodologias ágeis, revisões de código e testes contínuos) e de uma comunicação eficaz entre a equipe e o cliente ocasiona requisitos mal interpretados ou funcionalidades importantes esquecidas.

Um exemplo comum é o time de desenvolvimento construir algo diferente do que a startup imaginava, simplesmente por falta de alinhamento durante o projeto. O resultado é que, ao perceber o equívoco, torna-se necessário refazer boa parte do trabalho para ajustar o produto à necessidade original.

Uso de tecnologias desatualizadas/obsoletas

Optar por tecnologias ultrapassadas para desenvolver o software parece mais barato ou cômodo de início (às vezes a equipe só domina aquela ferramenta antiga), mas isso frequentemente se volta contra o projeto mais tarde.

Tecnologias obsoletas não têm suporte adequado, apresentam falhas de segurança ou simplesmente não acompanham as necessidades de um negócio em crescimento. Assim, quando a startup precisar escalar o sistema ou adicionar novos recursos, descobrirá que é preciso refazer grande parte do trabalho em uma tecnologia mais moderna.

Consequências do retrabalho excessivo no ciclo de desenvolvimento de software

Se o retrabalho já tomou conta do projeto, é provável que você vivencie algumas dessas consequências negativas que listamos a seguir.

Consequências do retrabalho excessivo

Entregas atrasadas

Quando o time precisa refazer atividades que já estavam “prontas”, o cronograma do projeto inevitavelmente se estende. Cada retrabalho adicional ocupa horas que não estavam planejadas, adiando as entregas.

Para uma startup, a situação é especialmente grave: atrasos significam perder tempo de mercado, deixar de obter feedback dos usuários e possivelmente frustrar investidores ou clientes à espera da solução. Não é à toa que não cumprir um prazo estabelecido é uma das principais causas de insatisfação em projetos de software.

Ineficiência em processos

Projetos com muito retrabalho sofrem de ineficiência crônica. Em vez de avançar para novas funcionalidades ou melhorias, a equipe gasta boa parte do tempo consertando o que já era para estar pronto.

Esse tipo de desafio traz uma sensação de “enxugar gelo”: trabalha-se muito, mas com pouco progresso real, pois são os mesmos problemas tratados repetidamente. Além disso, o retrabalho constante desorganiza o fluxo – prioridades mudam toda hora para corrigir erros urgentes –, o que prejudica a produtividade e dificulta qualquer planejamento.

Gasto de tempo e dinheiro com alterações

Refazer algo significa gastar duas vezes os mesmos recursos naquela tarefa. O retrabalho consome horas extras da equipe (que poderiam estar criando valor novo) e exige investimentos adicionais não previstos no orçamento inicial.

Na prática, o barato sai caro: aquele software supostamente econômico acaba custando bem mais quando você soma todos os ajustes e correções pós-entrega. Em uma startup com orçamento apertado, esse desperdício de tempo e dinheiro é a diferença entre atingir os objetivos ou esgotar o caixa antes de o produto dar retorno.

Frustração com os resultados

Ninguém gosta de refazer algo várias vezes. Por isso, um ambiente de projeto com retrabalho contínuo acaba minando a motivação de todos os envolvidos.

A empresa se decepciona por não ver o produto evoluir como esperado; os desenvolvedores se sentem pressionados e frustrados por terem que corrigir falhas em vez de poder inovar; e o clima da equipe piora.

Essa frustração coletiva leva à perda de confiança no projeto e até ao desgaste no relacionamento entre a startup e a empresa desenvolvedora. Em casos extremos, o retrabalho provoca a saída de membros talentosos da equipe – o que, por sua vez, gera ainda mais atraso e custo ao projeto.

Como escolher uma fábrica de software de qualidade

Sempre é melhor prevenir o retrabalho no ciclo de desenvolvimento do software do que remediar depois. Grande parte dessa prevenção está em escolher bem a fábrica de software que transformará sua ideia em produto. Veja algumas dicas práticas!

Comunicação clara e assertiva

É preciso se comunicar com transparência. Explique sua visão, objetivos de negócio e o que espera do produto em detalhes para a equipe entender tudo corretamente. Uma boa empresa fará perguntas, alinhará expectativas e documentará os requisitos antes de codar.

Também é importante manter um canal aberto para dúvidas durante o projeto. Reuniões frequentes — como os alinhamentos no início e fim de cada sprint — mantêm todos na mesma página.

Na InnSpire, a comunicação com o cliente é prioridade desde o primeiro contato. Nossa equipe multidisciplinar e autogerenciável atua lado a lado com você durante todo o desenvolvimento, buscando entender a fundo o negócio e propor soluções práticas.

Com postura consultiva e metodologia ágil, trabalhamos em sprints quinzenais com rituais bem definidos: alinhamentos no início e fim de cada ciclo, dailys para ajustes rápidos e entregas constantes.

O cliente acompanha tudo em tempo real por meio de ferramentas, participa das decisões importantes e recebe respostas rápidas às suas dúvidas sempre que precisar.

Equipe qualificada e experiente

Procure saber quem estará no projeto — desenvolvedores, designers, etc. — e qual a experiência deles. Equipes qualificadas tendem a evitar erros bobos e propor soluções melhores. E claro, profissionais experientes antecipam problemas e orientam boas abordagens. Já os inexperientes, muitas vezes, acabam “aprendendo no seu projeto”.

Como diz o ditado: “Se você acha caro contratar um profissional, espere até contratar um amador”. Investir em um parceiro competente pode parecer mais custoso no início, mas quase sempre sai mais barato do que consertar depois.

Desde 2016 no mercado, atendendo grandes empresas em vários países, a InnSpire reúne profissionais com ampla bagagem, preparados para enfrentar desafios complexos de software com segurança.

Trabalhamos com squads auto-organizadas, cada uma focada em um conjunto de atividades e liderada por um tech-lead com experiência. Em cada equipe, desenvolvedores web e mobile atuam lado a lado com profissionais de QA e DevOps, garantindo fluidez em todo o processo.

Tecnologias modernas e boas práticas

Uma boa fábrica de software propõe tecnologias atuais, adequadas ao projeto, pensando no longo prazo (escalabilidade, suporte e atualizações). Também adota boas práticas como controle de versão, integração contínua, testes automatizados e code reviews, que diminuem erros e retrabalho.

Se o fornecedor insiste em usar uma tecnologia muito antiga ou não segue processos profissionais de desenvolvimento, encare isso como um sinal de alerta. Escolher quem usa ferramentas modernas e metodologias ágeis traz mais estabilidade e menos chances de refação.

Como uma verdadeira fábrica de software inovadora, a InnSpire une tecnologias modernas a boas práticas de engenharia. Adotamos frameworks e plataformas atualizados conforme a necessidade de cada projeto, seja para desenvolvimento web ou integração de sistemas a ambientes legados de grandes empresas.

Priorizamos testes automatizados, revisões de código e integração contínua, o que reduz erros e facilita a manutenção. O resultado: sistemas mais confiáveis, seguros e fáceis de escalar ou atualizar.

Desenvolvimento de software com confiança começa na escolha certa

A história da Mariana e os pontos discutidos mostram uma lição clara: investir em qualidade desde o início é o que contorna o retrabalho no ciclo de desenvolvimento de software. Esteja atento a sinais para poupar sua startup de atrasos e gastos extras.

As consequências do retrabalho são bem ruins, como você viu. Por isso, escolha sua fábrica de software com cuidado. Mais do que buscar o menor preço, procure um time experiente, comprometido, com boa comunicação e domínio técnico.

Construa seu software com confiança e acerte de primeira, fale com a InnSpire. Estamos prontos para transformar sua ideia em realidade com excelência, enquanto você cresce sua empresa!

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